A ocupação da área onde atualmente está
localizada São Sebastião se deu a partir de 1957, quando várias olarias ali se
instalaram em terras posteriormente arrendadas através da Fundação Zoobotânica
do Distrito Federal, visando, à época, suprir parte da demanda da construção
civil por materiais. Com a expiração dos contratos, as olarias foram sendo
desativadas e o núcleo urbano foi se estruturando aos poucos ao longo do
córrego Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda, como resultado do
parcelamento irregular do solo.
É história comum, contada pelos moradores mais
velhos, que a área tem ocupação muito mais antiga, de fazendas remanescentes da
época dos escravos. Pode-se encontrar no núcleo antigo restos de construções atribuídas
aos escravos e até mesmo uma cruz de madeira onde supostamente estes escravos
teriam sido castigados.
O preço baixo da terra, a falta de regularidade
do solo e a beleza do local contribuíram para o crescimento acelerado da
cidade. Sua localização privilegiada, que inicialmente atraiu trabalhadores da
construção civil e de serviços domésticos, atualmente atrai uma população
diferenciada.
Em 25 de junho de 1993 a então AGROVILA São Sebastião passa a ser região
administrativa (Lei 467/93). Esta passa a ser, então, a data comemorativa do
aniversário da cidade.
Em 1991 a cidade tinha 17.390 habitantes e em
1998 a população era de 44.235 habitantes. Temos aqui uma taxa de crescimento
anual de 20,52%(vegetativo e migratório). O crescimento da cidade perde apenas
para Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo, últimas cidades implantadas
pelo Governo do Distrito Federal.
Até 1991 - Nenhuma ação do Governo é empreendida
na área. Os detentores de cessão de uso da cidade começam a parcelar e vender,
sem nenhum controle ou repressão, por parte do Governo.
1991 - O Governo edita a Lei 204/91 que autoriza
a fixação da população dentro da poligonal definida. Dezembro/1991.
1992 - Defesa Civil elabora relatório apontando
ameaças, vulnerabilidades e risco de inundação e desabamentos em residências
localizadas ao longo dos córregos Mata Grande e Santo Antônio da Papuda. Este
relatório consolida observações na área desde o ano de 1988. O relatório é
enviado ao Governo do Distrito Federal solicitando providências no tocante à
remoção dessas famílias.
IPDF inicia o processo de analise de condições
existentes na cidade e a viabilidade legal da fixação, estudando alternativas
técnicas para área. Abril/1992.
O IPDF cria Grupo de Trabalho com vistas ao
cumprimento do disposto na Lei 204/91. Outubro/1992.
1993 - É entregue Plano de Ocupação para Agrovila
São Sebastião. Março/1993.
A Agrovila São Sebastião passa a ser região
administrativa por força da Lei n° 467, de 25 de junho de 1993
É elaborado projeto básico de urbanismo, criando
6 Quadras para atender à situação emergencial. Agosto a Dezembro.
É feita a remoção de famílias. Essa remoção se
realiza de forma desordenada, lenta, sem controle de famílias que saem da área
e de venda ou aluguel do novo assentamento. Continuam a ocorrer invasões sem
nenhuma ação repressiva. Agosto a Dezembro.
1994 - Realizado EIA/RIMA para a cidade. Entre
outras diretrizes aponta a necessidade de contenção do aumento populacional,
sugerindo ações drásticas no controle à invasão, principalmente da área de
risco. Setembro/1994.
1995 - É publicado o Decreto 16571/95 -
Redefinindo a Poligonal Urbana da cidade.
1996 - Realizado o Rezoneamento Ambiental da Área
de Proteção Ambiental da bacia do Rio São Bartolomeu, área onde está inserida a
Cidade de São Sebastião. Lei n° 1.149 de 11
Dde julho de 1996
1994 a 1997 - No período compreendido entre
setembro de 1994 a junho de 1997 o Governo do Distrito Federal não realizou
nenhuma ação fiscalizatória ou normativa na cidade, com vistas ao controle de
ocupação na área de risco.
1997 - É montado grupo inter órgão coordenado
pela SUCAR, com vistas a realizar estudo de reavaliação da Área de Risco de São
Sebastião. O relatório destes estudos é que deu suporte aos trabalhos da
Administração Regional de São Sebastião. Julho/1997.
É realizado cadastramento dos moradores da área
de risco pelo IDHAB, outubro/1997.
1998 - É feita a remoção de 203 famílias da área
de risco para a quadra 104 Bairro Residencial Oeste, outubro/1998.
1998/1999 - Em função dessa remoção, pela
expectativa de recebimento de lote pelo governo, a área volta a ser invadida.
Outubro/1998 a Janeiro/1999.
1999 - O Governo do Distrito Federal realiza
levantamento das famílias que invadiram recentemente a área e inicia uma ação
fiscalizadora. Janeiro/1999.
FONTE - WIKIPÉDIA
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